Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes), a proposta do governo federal previa reajuste salarial zero para os professores, com aumentos apenas no auxílio alimentação, assistência pré-escolar e saúde suplementar. Essa proposta foi rejeitada em uma reunião que contou com a participação de 34 seções sindicais do setor, resultando em 22 votos favoráveis à greve, sete contrários e cinco abstenções.
Na pauta nacional unificada, os docentes pedem um reajuste de 22,71% dividido em três parcelas, a serem pagas entre 2024 e 2026. Além disso, questões como a revogação da portaria do Ministério da Educação que aumenta a carga horária mínima de aulas e a revogação do Novo Ensino Médio também estão em discussão.
O Comando Nacional de Greve (CNG) será instalado ainda hoje, com uma reunião na sede do Andes, em Brasília. O movimento também participará de uma audiência pública na Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados para discutir as mobilizações.
A greve faz parte da Jornada de Luta “0% de reajuste não dá!”, convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). Atividades locais nas instituições estão previstas entre os dias 22 e 26 de abril.
O Ministério da Gestão informou que abriu mesas de negociação específicas de carreiras solicitadas até julho e está em diálogo com os servidores. A pasta destaca que já há acordos consensualizados e grupos de trabalho para tratar de questões específicas das carreiras. A nota ressalta a abertura ao diálogo, mas não comenta sobre processos de negociação nas Mesas Específicas e Temporárias.