Professores federais iniciam greve nacional em rejeição a proposta de reajuste zero do governo: movimento unificado pede aumento salarial.

Os professores das universidades federais, institutos federais e centros federais de educação tecnológica iniciaram uma greve nacional nesta segunda-feira (15). A decisão de paralisar as atividades veio após a rejeição da proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos durante a última Mesa Setorial Permanente de Negociação, que aconteceu na quinta-feira (11).

Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes), a proposta do governo federal previa reajuste salarial zero para os professores, com aumentos apenas no auxílio alimentação, assistência pré-escolar e saúde suplementar. Essa proposta foi rejeitada em uma reunião que contou com a participação de 34 seções sindicais do setor, resultando em 22 votos favoráveis à greve, sete contrários e cinco abstenções.

Na pauta nacional unificada, os docentes pedem um reajuste de 22,71% dividido em três parcelas, a serem pagas entre 2024 e 2026. Além disso, questões como a revogação da portaria do Ministério da Educação que aumenta a carga horária mínima de aulas e a revogação do Novo Ensino Médio também estão em discussão.

O Comando Nacional de Greve (CNG) será instalado ainda hoje, com uma reunião na sede do Andes, em Brasília. O movimento também participará de uma audiência pública na Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados para discutir as mobilizações.

A greve faz parte da Jornada de Luta “0% de reajuste não dá!”, convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). Atividades locais nas instituições estão previstas entre os dias 22 e 26 de abril.

O Ministério da Gestão informou que abriu mesas de negociação específicas de carreiras solicitadas até julho e está em diálogo com os servidores. A pasta destaca que já há acordos consensualizados e grupos de trabalho para tratar de questões específicas das carreiras. A nota ressalta a abertura ao diálogo, mas não comenta sobre processos de negociação nas Mesas Específicas e Temporárias.

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