CDH aprova projeto que garante direito de mães e bebês à amamentação nas maternidades e instituições de saúde, combatendo separação autoritária.

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou, nesta terça-feira (16), um projeto que visa assegurar o direito de mães e bebês à amamentação em maternidades e outras instituições de saúde. O PL 2.846/2021, apresentado pela senadora Zenaide Maia (PSD-RN), propõe alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente, estabelecendo que hospitais e estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes devem garantir o direito da lactante e do bebê à amamentação, exceto por razões de saúde.

A relatora do projeto, a senadora Ivete da Silveira (MDB-SC), apresentou três emendas de redação e deu parecer favorável à proposta. Ela ressaltou a importância de manter o vínculo entre mãe e filho, destacando os benefícios do aleitamento materno para a saúde do bebê. Segundo Ivete, é fundamental garantir que as crianças tenham acesso à amamentação no seio de suas mães, salvo em casos excepcionais de problemas de saúde.

A senadora Zenaide Maia enfatizou que a separação forçada entre mães e filhos, principalmente em situações de vulnerabilidade, é uma prática autoritária e prejudicial, que impacta de forma mais severa mulheres negras e pobres. Ela destacou o aspecto humano de manter o bebê junto da mãe, ressaltando que o colostro, o primeiro leite materno, é essencial para transmitir anticorpos ao recém-nascido.

A proposta, que agora seguirá para a Câmara dos Deputados, salvo em caso de recurso para votação em Plenário, recebeu apoio da CDH por considerar que a amamentação é um direito fundamental das mães e bebês, que não deve ser negado por motivos socioeconômicos. A relatora destacou que negar esse direito em função da situação de pobreza das genitoras é uma violação das normas humanitárias básicas.

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