O promotor Yuri Fisberg, responsável pela Operação Muditia, destacou que as prisões são necessárias para que os suspeitos não atrapalhem as investigações em andamento. Durante os mandados de busca e apreensão, os policiais encontraram quatro armas, mais de 200 munições, 22 celulares, notebooks e uma grande quantidade de dinheiro, incluindo R$ 3,5 milhões em cheques, R$ 600 mil em espécie e quase 9 mil dólares.
As investigações apontam que pelo menos oito empresas estão sendo investigadas, sendo que uma delas movimentou mais de R$ 200 milhões em contratos públicos. A Operação Muditia é mais uma ação que visa desmantelar as ações do PCC no envolvimento com licitações públicas, expandindo suas atividades para além do tráfico de drogas e roubos.
De acordo com os promotores envolvidos, a facção criminosa tem diversificado suas atuações, buscando contratos com o poder público e operando em diferentes ramos de atividade. A operação anterior, chamada Operação Fim da Linha, já havia prendido diretores de empresas de ônibus da capital paulista por supostas ligações com o PCC.
A complexidade das ações do PCC, que incluem fraude em licitações, corrupção de agentes públicos e lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada, demanda uma maior articulação entre autoridades e órgãos responsáveis. É um desafio que exige um trabalho conjunto para combater efetivamente essa organização criminosa. Dessa forma, as autoridades destacam a importância do aprimoramento do compliance nas prefeituras e órgãos públicos para evitar que novos crimes como esse ocorram.
Diante das prisões realizadas e das evidências encontradas durante a Operação Muditia, as prefeituras e Câmaras Municipais das cidades envolvidas emitiram notas oficiais se colocando à disposição da Justiça e colaborando com as investigações. A transparência e a cooperação são fundamentais para esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos nessas práticas criminosas.