Atualmente, existem 23 Film Commissions espalhadas pelo Brasil, a maioria delas no Rio Grande do Sul. No cenário internacional, mais de 300 dessas comissões têm sido essenciais para atrair filmagens internacionais, principalmente em países como Coreia do Sul e Colômbia.
O deputado André Figueiredo (PDT-CE), responsável por organizar o debate, ressaltou a importância econômica dessas atividades para o país e a urgência em estabelecer um marco legal para as Film Commissions brasileiras. Ele pretende apresentar um projeto de lei sobre o assunto e espera que a regulamentação seja aprovada até o final do ano.
A Motion Pictures Association, que reúne produtoras e distribuidoras de conteúdo audiovisual, também expressou seu apoio à criação de uma Film Commission nacional. O setor audiovisual no Brasil movimenta cerca de R$ 56 bilhões e gera mais de 660 mil empregos, mostrando sua relevância para a economia.
Andressa Pappas, diretora da associação, destacou a importância da Film Commission como uma ferramenta propulsora da indústria audiovisual, mas também ressaltou a necessidade de outros incentivos, como o “cash rebate” e “tax credit”. Essas medidas são essenciais para tornar o Brasil mais competitivo no mercado internacional de filmagens.
Durante a audiência, foram citados casos de sucesso de estímulo ao turismo por meio de produções audiovisuais, como os filmes “O Senhor dos Anéis” e “Harry Potter”, que impulsionaram a visitação em seus locais de filmagem. No âmbito nacional, o aumento da visitação ao Monte Roraima após a novela “Império” foi evidenciado.
Os representantes do governo federal também se mostraram favoráveis à regulação de uma Film Commission nacional, reconhecendo a importância dessa iniciativa para a difusão e internacionalização do audiovisual brasileiro. A secretária nacional de audiovisual, Joelma Gonzaga, e o supervisor de economia criativa da Embratur, Christiano Braga, manifestaram seu apoio à proposta.
Em resumo, a regulamentação das Film Commissions no Brasil é vista como uma medida essencial para impulsionar a indústria audiovisual e o turismo no país, gerando empregos, fortalecendo a economia e promovendo destinos turísticos pouco conhecidos nacional e internacionalmente. A expectativa é que, com um marco legal claro e bem estruturado, o Brasil se torne mais competitivo e atraia ainda mais produções audiovisuais de renome mundial.
