O senador Humberto Costa (PT-PE) é quem preside a CAS, mas diante da obstrução da oposição, a realização das reuniões tem sido prejudicada. Os integrantes da oposição argumentam que desejam a inclusão de propostas para análise, sendo o projeto que proíbe a contribuição sindical obrigatória de trabalhadores não sindicalizados, de autoria do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), um dos principais interesses do grupo.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) destacou que a oposição está mobilizada no Senado e não aceita desrespeito com o trabalhador brasileiro. Segundo ele, a obstrução das reuniões na CAS é uma forma de protestar contra a situação atual e chamar a atenção para as demandas que consideram importantes.
O relator do projeto em questão, senador Paulo Paim (PT-RS), defende que haja um entendimento entre trabalhadores e empresários sobre o tema, enquanto o presidente da CAS, Humberto Costa, enxerga a atitude da oposição como uma tentativa de impor uma votação, ressaltando que o assunto já está sendo discutido entre governo e demais envolvidos em busca de um consenso.
Na pauta da reunião cancelada estavam nove itens, incluindo projetos como o que propõe a inclusão do ensino sobre parentalidade responsável nos currículos escolares, a criminalização da infração de medidas sanitárias preventivas, campanhas sobre os riscos da automedicação promovidas pelo SUS, e a criação do Dia Nacional do Hematologista e do Hemoterapeuta. Todos os projetos receberam pareceres favoráveis dos relatores correspondentes.
A situação na CAS evidencia a polarização política presente no Senado e a dificuldade em alcançar consensos, o que impacta diretamente a agenda legislativa e a análise de temas relevantes para a sociedade. A expectativa é que haja um desfecho para a obstrução e que as discussões possam ser retomadas em breve, visando a aprovação de propostas que impactem positivamente a vida dos cidadãos brasileiros.
