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Líder comunitário propõe alternativa à polícia após incidente com criança em Paraisópolis e questiona atuação policial em comunidades periféricas.

Na última quarta-feira (17), um menino de apenas 7 anos foi vítima de um tiroteio em Paraisópolis, na capital paulista, que acabou ferindo seu olho. A Polícia Militar alega que a criança não foi atingida por um de seus disparos, mas moradores da comunidade afirmam que os policiais recolheram estojos de munição do chão para evitar investigações sobre a origem da bala que feriu o garoto.

Diante desse cenário de violência policial em comunidades periféricas, o líder comunitário Gilson Rodrigues, do G10 Favelas, propõe que a população tenha uma alternativa à polícia para denunciar condutas inadequadas dos agentes. Essa ideia tem ganhado destaque nas redes sociais, juntamente com pedidos frequentes de desmilitarização das polícias.

Segundo Rodrigues, a população dessas favelas não quer viver em um ambiente de guerra entre policiais e criminosos. Eles buscam apenas transformar suas vidas e proporcionar um futuro melhor para seus filhos, mas a violência e a falta de oportunidades impostas pelo Estado acabam os colocando em situações de vulnerabilidade.

O advogado André Lozano, que representa a família do menino ferido em Paraisópolis, informou que a criança ainda está hospitalizada e precisará passar por uma tomografia. Apesar dos ferimentos, os médicos acreditam que não haverá lesão permanente no olho da criança.

Esse episódio trágico reacende discussões sobre a atuação das forças de segurança em comunidades carentes e a necessidade de um sistema mais transparente e confiável para averiguar denúncias de violência policial. A busca por justiça e por um futuro mais seguro e pacífico nessas regiões deve ser uma prioridade para garantir o bem-estar de todos os cidadãos.

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