Guajajara enfatizou que a atuação dessas comunidades tem um papel fundamental na prevenção do agravamento da crise climática, evitando secas, inundações, ciclones e outros desastres naturais em todo o país. O pronunciamento ocorreu às vésperas do Dia dos Povos Indígenas, comemorado em 19 de abril, e teve como objetivo homenagear as 305 etnias indígenas presentes no Brasil.
Durante sua fala, a ministra ressaltou a diversidade de profissões e áreas de atuação dos indígenas, que vão desde médicos, educadores até políticos, abrangendo todos os biomas brasileiros. Além disso, Sônia Guajajara destacou as ações do governo federal para combater a crise enfrentada pelo povo yanomami em Roraima, assim como as atividades ilegais que ameaçam as terras indígenas.
A criação de uma pasta exclusiva para os povos originários e a nomeação de indígenas para postos-chave em órgãos governamentais foram ressaltadas pela ministra, que também mencionou a participação dos indígenas na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de Belém, prevista para 2025.
Por fim, Sônia Guajajara celebrou a retomada da política de demarcação de terras indígenas, que havia sido deixada de lado pelo governo anterior. Em um evento no Ministério da Justiça e Segurança Pública, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto de demarcação de duas novas terras indígenas, Aldeia Velha, na Bahia, e Cacique Fontoura, em Mato Grosso, marcando assim um compromisso renovado com a proteção e promoção dos direitos dos povos indígenas no Brasil.