Haddad destacou a importância de garantir que o apoio dos bancos multilaterais seja direcionado de acordo com as prioridades nacionais de desenvolvimento, beneficiando efetivamente os países receptores. No momento, os países membros contribuem proporcionalmente à sua participação, o que dá vantagem às nações mais ricas.
O Brasil está trabalhando em um plano para tornar as instituições multilaterais mais eficazes e maiores, e pretende apresentar propostas para reformas em uma votação que acontecerá em outubro. Haddad ressaltou a importância de aumentar o capital dessas instituições e criar mecanismos que garantam a continuidade de seus mandatos e o cumprimento de objetivos globais mais ambiciosos.
Além disso, o ministro se encontrou com a presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff, para discutir questões relacionadas ao financiamento de projetos e eventos imprevistos ligados à crise climática. O Brasil e outros países emergentes estão buscando mais flexibilidade na utilização de empréstimos, uma vez que atualmente os financiamentos são condicionados a usos específicos.
Durante sua estadia nos Estados Unidos, Haddad também se reuniu com o senador Bernie Sanders para debater a proposta de taxação de super-ricos, visando pressionar o governo do presidente Joe Biden a apoiar a medida. A proposta foi apresentada pela primeira vez em fevereiro durante a reunião do G20 em São Paulo.
Após uma série de encontros e discussões, o ministro decidiu antecipar seu retorno ao Brasil para se dedicar às negociações econômicas com o Congresso. A agenda prevista para o último dia de sua viagem incluía participação em eventos no Fundo Monetário Internacional e no Banco Mundial, demonstrando o interesse do governo brasileiro em buscar soluções para questões econômicas globais.