Em seu discurso, Girão utilizou como exemplo o caso do ex-assessor especial do presidente Jair Bolsonaro, Felipe Martins, que foi preso em fevereiro na Operação Tempus Veritatis. O senador destacou que, segundo ele, a prisão de Martins está cercada de abusos, com os advogados do ex-assessor sendo ignorados em seus pedidos.
O parlamentar relatou que Martins foi inicialmente conduzido à Polícia Federal em Curitiba, onde deveria permanecer por pelo menos 45 dias. No entanto, os advogados de Martins tentaram marcar uma visita ao cliente e foram informados de que ele havia sido transferido, sem aviso prévio, para o Complexo Penal de Pinhais.
Para Girão, a transferência de Martins não seguiu os procedimentos padrão, já que não houve comunicação aos advogados e familiares do preso. O senador ressaltou que a transferência de um detento de um complexo para outro deve ser solicitada por diferentes partes envolvidas, o que não foi o caso de Martins.
Além disso, o senador alertou para o que chamou de “festival de arbitrariedades” no Brasil, destacando o papel do ministro Alexandre de Moraes no Inquérito das Fake News. Girão acusou Moraes de ignorar o Ministério Público e de interferir em questões que fogem ao seu escopo de atuação, o que, segundo o parlamentar, coloca em risco o Estado democrático de direito.
Diante desse cenário, Girão pediu a Pacheco que interceda junto a Moraes para que os senadores tenham o direito de visitar os presos políticos, destacando a importância da transparência e do respeito às garantias individuais no país.