Desigualdade de renda no Brasil atinge menor índice em 2023, segundo dados do IBGE divulgados hoje

Em um levantamento recente realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram divulgados dados que apontam para uma redução significativa da desigualdade de renda no Brasil. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), em 2023, os 10% da população brasileira com maiores rendimentos domiciliares per capita tiveram uma renda 14,4 vezes superior à dos 40% da população com menores rendimentos. Essa diferença, que representa a menor disparidade já registrada no país, reflete uma tendência de redução na desigualdade social.

Os dados revelam que os 10% da população de maior renda tiveram uma média mensal de R$ 7.580 em 2023, enquanto os 40% com menores rendimentos obtiveram em média R$ 527 no mesmo período. Esses valores representam os patamares mais elevados já observados para cada faixa de renda, indicando uma melhora nas condições econômicas dos estratos mais baixos da população.

A pesquisa também aponta que a diferença entre os 10% de maior renda e os 40% de menor renda foi de 14,4 vezes em 2023, mantendo-se estável em relação ao ano anterior. Esse índice de desigualdade vem apresentando uma tendência de queda desde o início da série histórica em 2012, quando a disparidade era de 16,3 vezes. Esse movimento de redução da desigualdade tem sido impulsionado por diversos fatores, incluindo programas sociais como o Bolsa Família e a expansão do mercado de trabalho, que tem permitido a entrada de mais pessoas na força de trabalho.

Além disso, o aumento do salário mínimo acima da inflação também tem contribuído para a melhoria das condições de vida dos segmentos mais vulneráveis da população. Em 2023, o salário mínimo teve dois reajustes e passou a valer R$ 1.320, beneficiando não apenas os trabalhadores, mas também os beneficiários de programas sociais como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Outro indicador importante apresentado pela pesquisa é a distribuição da massa de rendimentos, que em 2023 alcançou o valor de R$ 398,3 bilhões, representando um crescimento significativo em relação ao ano anterior. A concentração de renda, no entanto, ainda é um desafio no país, com os 10% de maior renda detendo 41% da massa de rendimentos, enquanto os 80% de menor renda respondem por apenas 43,3%.

Diante desse cenário, a redução da desigualdade de renda no Brasil representa um avanço significativo, que reflete um esforço conjunto de políticas públicas e medidas econômicas para promover uma distribuição mais justa da riqueza no país. A continuidade dessas ações é essencial para garantir que esse progresso seja sustentável e beneficie toda a sociedade.

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