O debate foi motivado pelas declarações do Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que anunciou a intenção de enviar ao Congresso Nacional uma proposta para eliminar o saque-aniversário do FGTS. O deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) expressou sua preocupação com essa possível medida, argumentando que nos últimos 20 anos os recursos mantidos no FGTS renderam apenas 128,2%, ficando abaixo da inflação acumulada no mesmo período, que foi de 210,4%.
Segundo Neto, o fim do saque-aniversário pode impactar diretamente a população de renda média e baixa, levando os trabalhadores a recorrer a operações financeiras emergenciais com juros elevados ou até mesmo ao mercado informal. Ele ressalta que o saque-aniversário é uma alternativa importante para a quitação de dívidas mais caras, como as linhas de crédito rotativo.
Dados fornecidos pela Associação Brasileira de Bancos (ABBC) indicam que, somente em dezembro de 2023, 34,5 milhões de pessoas optaram pelo saque-aniversário do FGTS. Esses números mostram que essa modalidade é bastante popular entre os trabalhadores, que utilizam esses recursos de forma estratégica.
O debate sobre o futuro do saque-aniversário do FGTS promete ser intenso, com argumentos a favor e contra essa medida. Resta agora aguardar as próximas decisões do Congresso Nacional e como elas irão impactar diretamente a vida dos trabalhadores brasileiros.