Programa Língua Indígena Viva no Direito é lançado em Brasília para promover entendimento recíproco entre povos indígenas e formuladores de legislação.

O Programa Língua Indígena Viva no Direito, desenvolvido pela Advocacia-Geral da União (AGU) em parceria com os Ministérios dos Povos Indígenas e da Justiça e Segurança Pública, visa promover o entendimento recíproco entre os povos indígenas e os formuladores de leis no Brasil. Lançado em uma cerimônia em Brasília, contando com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a iniciativa foi oficialmente apresentada com seus princípios e objetivos publicados no Diário Oficial da União.

Uma das principais ações previstas pelo programa é a tradução da legislação brasileira, assim como dos termos e conceitos jurídicos, para as línguas indígenas. Além disso, está prevista a capacitação de legisladores e profissionais do Direito em questões relacionadas à diversidade cultural e social dos povos indígenas. A iniciativa também busca capacitar os membros das comunidades para um maior acesso às legislações nacionais e internacionais, assim como às políticas públicas.

De acordo com a AGU, o primeiro texto a ser traduzido será a Constituição Federal nas línguas Guarani-Kaiowá, Tikuna e Kaingang, por serem as mais faladas no país. O processo de tradução contará com a participação de líderes e membros dos povos indígenas, garantindo a integridade cultural e considerando a interação com os sistemas legais indígenas.

Os novos conteúdos serão divulgados entre as comunidades indígenas, advogados, órgãos dos Três Poderes, universidades e organizações da sociedade civil que atuam em políticas públicas e direitos dos povos indígenas. A iniciativa visa promover um diálogo mais inclusivo e respeitoso entre os povos indígenas e as instituições responsáveis pela criação e aplicação das leis no Brasil.

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