A Polícia Federal (PF) informou que a cerimônia de enterro será laica e contará com a participação de diversas instituições que estiveram envolvidas no resgate, como a Marinha, o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Científica do Pará, Guarda Municipal de Bragança, Defesa Civil do Estado, Defesa Civil de Bragança, a Organização Internacional das Nações Unidas para as Migrações (OIM) e o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Segundo a PF, o procedimento de inumação foi escolhido para permitir que, caso as famílias desejem, os corpos possam ser exumados e sepultados em outro local. A embarcação foi encontrada por pescadores paraenses em um rio na região de Salgado, no nordeste do Pará, com alguns corpos já em estado de decomposição.
De acordo com a Polícia Federal, o destino planejado da embarcação era as Ilhas Canárias, na Espanha, sendo utilizada como rota migratória para entrada no continente europeu. Os indícios apontam que o barco possivelmente partiu da Mauritânia, na África, e acabou sendo levado por uma corrente marítima em direção ao Brasil. Estima-se que pelo menos 25 pessoas estavam a bordo do barco, que era artesanal e não possuía leme, motor ou sistema de direção.
No barco foram encontradas 25 capas de chuva e diversos objetos, incluindo 27 telefones celulares, que foram encaminhados para exames periciais no Instituto Nacional de Criminalística. A polícia afirmou que mantém contato com entidades internacionais via Interpol, enquanto a perícia está em andamento.