O Brasil, signatário das metas de Aichi estabelecidas na COP10, em 2010, tinha como objetivo proteger 17% da área continental e 10% do território marinho até 2020. No entanto, essas metas não foram alcançadas em relação ao bioma Pampa. Após a COP15, em Montreal, o compromisso internacional foi renovado e ampliado para 30% de proteção integral dos biomas terrestres e da zona marítima até 2030.
Atualmente, o Pampa conta com apenas 122 mil hectares de áreas de proteção integral e 416 mil hectares em áreas de conservação de uso sustentável. Para atingir as novas metas, o governo federal possui a proposta de criar seis unidades de conservação no bioma Pampa, o que adicionaria cerca de 486 mil hectares de proteção.
João Paulo Capobianco ressaltou a importância de enfrentar o desafio da degradação e definir ações técnicas, científicas e políticas que promovam a conservação e a restauração das áreas de alta importância biológica do bioma Pampa. Ele destacou que é fundamental fortalecer a pecuária ecologicamente sustentável na região, enquanto se evita a expansão e a substituição dos campos naturais por plantios agrícolas, o que poderia comprometer o bioma como um todo.
O seminário marcou o início da elaboração de um plano de prevenção e controle do desmatamento do Pampa. Após os debates, uma proposta será submetida à consulta pública para lançamento dos planos de cada bioma pelo governo federal. Capobianco enfatizou que as políticas públicas relacionadas ao bioma Pampa serão avaliadas anualmente para garantir sua eficácia.
Em suma, a proteção do bioma Pampa é fundamental para preservar a incrível sociobiodiversidade brasileira, e o governo federal está empenhado em adotar medidas que contribuam para a conservação desse ecossistema único e precioso.