Durante a operação, um dos presos foi identificado como o sargento PM Djarde de Oliveira da Conceição, conhecido como Negão 18. Na residência dele, foram apreendidos maconha, carregadores e munição para fuzil automático. Por outro lado, o policial militar Reinaldo de Souza não foi localizado.
De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Militar, a Corregedoria Geral da corporação apoiou as ações do Ministério Público durante a Operação Naufrágio, que investiga a atuação de uma milícia na Comunidade do Bateau Mouche, em Jacarepaguá. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa da Justiça do Rio, que determinou a suspensão das funções públicas dos policiais militares e do policial civil, além do sequestro de bens e bloqueio de valores das contas dos denunciados.
As investigações apontaram a estreita relação entre os milicianos e agentes de segurança, com os claros objetivos de fornecimento de informações privilegiadas e proteção contra investigações e prisões. Os denunciados mantinham contato com PMs e policiais civis para obter benefícios indevidos e até materiais bélicos desviados de apreensões.
Além das prisões dos milicianos e policiais, também foi denunciado um homem que se passa por policial civil, participando de operações em viaturas oficiais da instituição e utilizando armas, uniformes e distintivos. Esse indivíduo, identificado como Luiz Carlos da Cruz, está foragido.
A Polícia Civil informou que participou da operação e que o agente envolvido será afastado de suas funções para investigação. A Corregedoria-Geral da Polícia Civil abrirá um processo administrativo disciplinar para apurar as condutas do servidor e do falso policial civil, que também terá suas possíveis relações com policiais investigadas.