Além dos dividendos extraordinários, a Petrobras também planeja pagar R$ 14,19 bilhões em compromissos anteriores, considerando o lucro de 2023 e a fórmula prevista em sua Política de Remuneração aos Acionistas. Com isso, o valor total por ação preferencial e ordinária chega a R$ 2,8949567, sendo R$ 1,44747835 por parcela. Todas essas quantias ainda estão sujeitas a atualizações com base na taxa Selic.
Essa decisão foi aprovada em assembleia geral ordinária, que revisou a remuneração dos acionistas para o exercício de 2023. Até o momento, a Petrobras já pagou R$ 58,21 bilhões em remunerações, com os novos repasses a serem feitos totalizando R$ 94,35 bilhões.
O impasse em torno do pagamento dos dividendos extraordinários teve início em março, quando a Petrobras divulgou seu lucro líquido de R$ 124,6 bilhões, o segundo maior de sua história. O Conselho de Administração da empresa, majoritariamente composto por representantes do governo brasileiro, optou por reter os dividendos extraordinários de R$ 43,9 bilhões devido a previsões de novos investimentos, adiando seu pagamento para avaliações futuras.
No entanto, uma reunião recente do Conselho de Administração reverteu essa decisão, aprovando o pagamento de 50% dos dividendos extraordinários. Com o aumento do preço do barril do petróleo e a perspectiva de melhor capacidade de financiamento da Petrobras, a diretoria recebeu autorização para encaminhar a proposta à Assembleia Geral Ordinária.
Dessa forma, a primeira parcela dos dividendos será repassada em maio para acionistas que negociam na B3, a bolsa de valores brasileira, e em junho para detentores de ADRs nos Estados Unidos. A segunda parcela está programada para junho, completando o pagamento desses valores aos acionistas da Petrobras.