Projeto de lei que concede porte de arma aos funcionários da Funai tem votação adiada pela Comissão de Meio Ambiente do Senado.

O Projeto de Lei (PL 2.326/2022) que propõe conceder porte de arma de fogo aos funcionários da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em atividades de fiscalização teve sua votação adiada pela Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado. A proposta, que estava prevista para ser discutida na última quarta-feira (24), teve seu debate postergado por um pedido de vista feito pelo senador Ireneu Orth (PP-RS).

O projeto, apresentado pela Comissão Temporária Externa que investigou as causas do aumento da criminalidade na Região Norte, recebeu parecer favorável do relator, senador Fabiano Contarato (PT-ES). Contarato defende a extensão do porte de armas para servidores de órgãos como o Ibama e o Instituto Chico Mendes (ICMBio) como uma forma de prevenir crimes violentos, citando os assassinatos do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips na Região Norte.

No entanto, o senador Ireneu Orth destacou que a concessão de porte de armas para os agentes da Funai acarreta custos significativos, como treinamento especializado, manutenção das armas e supervisão rigorosa. Ele defendeu a colaboração com órgãos policiais e a possibilidade de solicitar escolta durante as missões de fiscalização.

A presidente da CMA, senadora Leila Barros (PDT-DF), informou que o projeto será novamente pautado na próxima reunião do colegiado, agendada para o dia 8. Após passar pela CMA, a proposta ainda precisará ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de seguir para votação no plenário do Senado.

Além do projeto que concede porte de armas para funcionários da Funai, outro tema adiado pela CMA foi o PL 780/2022, que zera as alíquotas de contribuições sobre plásticos biodegradáveis. O relator, senador Rogério Marinho (PL-RN), apresentou uma emenda buscando aprimorar a proposta, visando beneficiar as tecnologias mais sustentáveis e incentivar a indústria de produtos biodegradáveis.

Dessa forma, a CMA terá mais tempo para discutir e avaliar essas importantes propostas antes de levá-las à votação, mostrando o compromisso do Senado em debater temas relevantes para a sociedade e o meio ambiente.

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