Os dados alarmantes apontam para a necessidade de fomentar a produção desses alimentos nas áreas urbanas, como uma forma de incentivar o consumo e melhorar a qualidade nutricional da população. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a ingestão diária de 400 gramas de frutas, legumes e verduras para manter a saúde em dia, porém, menos de um quinto dos produtos alimentícios adquiridos pelos domicílios em 2018 eram dessa categoria.
Além disso, o estudo ressalta que os alimentos mais saudáveis estão sendo substituídos por produtos ultraprocessados, que apresentam riscos à saúde devido à presença de aditivos químicos. Órgãos como o Conselho Nacional de Saúde (CNS) alertam para a necessidade de aumentar a carga tributária sobre esses produtos como forma de desestimular seu consumo.
Para combater essa realidade preocupante, os pesquisadores sugerem estimular a produção local de alimentos saudáveis, visando reduzir os custos de transporte e comercialização e tornar os alimentos mais acessíveis à população. Estimativas do Instituto Escolhas mostram que as regiões metropolitanas de São Paulo, Belém, Curitiba, Rio de Janeiro e Recife têm potencial para abastecer milhões de pessoas com legumes e verduras anualmente através de iniciativas locais.
Portanto, é fundamental que a sociedade e as autoridades públicas se atentem a esses dados e promovam ações que incentivem o consumo de uma alimentação saudável, visando o bem-estar e a qualidade de vida da população. A mudança de hábitos alimentares e o estímulo à produção local de alimentos podem ser estratégias eficazes para combater a má alimentação e suas consequências negativas para a saúde.