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Projeto que obriga uso de câmera corporal por vigilantes será votado pela Comissão de Segurança Pública nesta terça-feira

Na próxima terça-feira, dia 30, a Comissão de Segurança Pública (CSP) terá uma importante reunião marcada para discutir e votar sete matérias em pauta. Uma das propostas em destaque é o projeto de lei (PL) 285/2024, de autoria do ex-senador e atual ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino. Esse projeto visa tornar obrigatório o uso de câmeras corporais por vigilantes, profissionais da segurança privada, com o intuito de prevenir e reduzir possíveis excessos por parte desses agentes.

A justificativa para essa proposta é baseada em casos de agressões e até mesmo de morte causadas por abusos no exercício da atividade de segurança privada, como o trágico assassinato de João Alberto Silveira Freitas, em 2020, por seguranças de um supermercado em Porto Alegre. Segundo Flávio Dino, o uso de bodycams, como são conhecidas as câmeras corporais, está diretamente relacionado à diminuição nos níveis desproporcionais de uso da força, ao fortalecimento dos mecanismos de controle e à melhoria da produtividade.

O senador Jorge Kajuru, relator do projeto na CSP, emitiu parecer favorável destacando estudos que apontam para a redução de atos de violência por agentes de segurança com o uso dessas câmeras. Kajuru também enfatiza o apoio popular à medida, citando uma pesquisa que revela que 88% das pessoas em São Paulo apoiam o uso de câmeras corporais pela Polícia Militar.

Além do projeto sobre o uso de câmeras corporais, a CSP também irá votar uma emenda de Plenário ao PLP 150/2021, que trata da proteção à população LGBTQIA+ encarcerada. Outra proposta em análise é o plano de trabalho para avaliação da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, apresentado pela senadora Damares Alves. O objetivo é aprimorar a gestão do Estado por meio da mensuração de critérios de eficiência, eficácia e efetividade.

Essas são questões fundamentais que serão debatidas e votadas pela CSP, refletindo a preocupação do legislativo com a segurança pública e os direitos das minorias. Após essa etapa, as matérias seguirão para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para análise final.

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