Pacheco declarou que a medida tomada pelo ministro Cristiano Zanin, em atendimento ao pedido do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, configura um “aparente terceiro turno de discussão sobre o tema da desoneração da folha de pagamento”. O presidente do Senado sublinhou que buscará apresentar os argumentos do Congresso Nacional ao STF de maneira legal e respeitosa, mas também adotará medidas políticas para assegurar a preservação de empregos e a sobrevivência de pequenos e médios municípios.
Além disso, Pacheco anunciou que agendará uma reunião com representantes da Consultoria Legislativa e da Advocacia do Senado, bem como convocará uma reunião de líderes para debater o assunto. O senador Angelo Coronel (PSD-BA), relator do projeto da Lei Orçamentária Anual de 2025, também manifestou sua discordância em relação à decisão do ministro Zanin, considerando-a uma falta de respeito por parte do governo para com o Congresso Nacional.
A decisão do ministro será submetida ao plenário virtual do STF entre os dias 26 de abril e 6 de maio. Caso seja validada, a desoneração da folha de pagamentos permanecerá suspensa até que a Corte analise o mérito da ADI 7633. O embate político em torno desse tema evidencia a tensão entre os poderes Executivo e Legislativo, bem como a relevância das decisões judiciais para o funcionamento do Estado brasileiro.