A Estação Primeira de Mangueira foi uma das últimas escolas a revelar seu enredo intitulado “À Flor da Terra – No Rio da Negritude entre Dores e Paixões”. Com uma proposta de resgatar a presença negra na região central do Rio de Janeiro, a escola destaca a importância de reconhecer e valorizar a contribuição do povo negro para a história e a identidade da cidade.
A Acadêmicos do Salgueiro também se destaca ao anunciar o enredo “Salgueiro de Corpo Fechado”, que explora a relação humana com a proteção espiritual. O projeto do carnavalesco Jorge Silveira promete uma abordagem carnavalesca dos ritos e rituais ligados ao fechamento do corpo, enraizados em diversas correntes religiosas.
Além disso, outras escolas como Unidos do Viradouro, Portela, Imperatriz Leopoldinense, Paraíso do Tuiuti e Unidos da Tijuca também apostam em enredos que destacam a presença negra e a resistência cultural em suas apresentações no sambódromo da Marquês de Sapucaí.
A predominância de temas ligados à negritude no carnaval carioca recebe elogios do professor de história Ivanir dos Santos, que destaca a importância de trazer à tona histórias de resistência cultural, social, política e espiritual. Segundo ele, os enredos afrodescendentes ganham relevância em um momento em que o Brasil enfrenta desafios relacionados à intolerância religiosa e ao racismo.
A diversidade de enredos apresentados pelas escolas de samba reflete a riqueza cultural e a pluralidade de narrativas que compõem o carnaval carioca, consolidando o evento como uma plataforma de expressão e celebração da diversidade étnica e cultural do país. É com expectativa que aguardamos os desfiles das demais escolas e a contribuição de cada uma para a construção de um carnaval inclusivo e representativo em 2025.