Com o fim da última campanha nacional de imunização contra a febre aftosa em 12 unidades da Federação e em parte do Amazonas, o Brasil celebrou a conquista de um novo status sanitário que abre portas para a exportação de carne bovina para mercados mais exigentes e remuneradores, como Japão e Coreia do Sul, que só compram de países livres da doença sem vacinação.
Essa autodeclaração é apenas o primeiro passo, já que o Brasil agora precisa apresentar documentação para a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) para que o novo status sanitário seja reconhecido internacionalmente. Para isso, será necessário suspender a vacinação contra a febre aftosa e proibir o ingresso de animais vacinados nos estados por, no mínimo, 12 meses.
Atualmente, apenas alguns estados brasileiros têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA, mas a expectativa é que o país como um todo conquiste esse status, o que representará uma redução de custos significativa, estimada em mais de R$ 500 milhões somente com a aplicação da vacina.
O ciclo de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa no Brasil teve início há mais de 50 anos e, desde 2006, não há registro da doença. O fim da vacinação exigirá protocolos mais rígidos de controle sanitário por parte dos estados, mas representa um avanço importante para a economia brasileira, uma vez que a carne é um dos principais itens de exportação do país.
Portanto, o Brasil vivencia um momento histórico na área da sanidade animal, com perspectivas positivas para o setor agropecuário e para as exportações de carne bovina, abrindo novas oportunidades comerciais em mercados internacionais mais exigentes.