A cobertura vacinal para a coqueluche é monitorada por meio da aplicação da vacina pentavalente, que protege contra diversas doenças, incluindo difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae B. No entanto, a cobertura vacinal na capital paulista foi de 90,42% em menores de 1 ano de idade no ano passado, o que mostra a importância da imunização para prevenir a doença.
A coqueluche é altamente contagiosa e pode ser fatal, especialmente em crianças, devido à possibilidade de causar insuficiência respiratória. A doença tende a se espalhar mais facilmente em períodos de clima ameno ou frio, como na primavera e no inverno, quando as pessoas passam mais tempo em ambientes fechados. O contágio ocorre pelo contato com a tosse ou secreção de uma pessoa infectada, podendo gerar até 17 casos secundários a cada infecção.
Segundo o infectologista Francisco Ivanildo de Oliveira, gerente médico do Sabará Hospital Infantil, o aumento dos casos de coqueluche não é um fenômeno exclusivo do Brasil, ocorrendo também em outros países. Ele ressalta que a baixa cobertura vacinal é um dos principais motivos para o aumento dos casos, o qual foi agravado durante a pandemia de Covid-19.
Para combater a propagação da doença, Oliveira destaca a importância de vacinar não somente os bebês, mas também as gestantes, a fim de proteger os recém-nascidos por meio da transferência de anticorpos da mãe durante a gestação. Ele enfatiza que a vacinação é a medida mais eficaz para reduzir os casos de doenças imunopreveníveis, incluindo a coqueluche.
Portanto, é fundamental que a população esteja ciente da importância da vacinação para prevenir não apenas a coqueluche, mas diversas outras doenças, garantindo a saúde e segurança de todos, especialmente dos grupos mais vulneráveis, como crianças e gestantes.