Ícone do site Pauta Capital

Investigação da PF revela grupo que utilizava os Correios para tráfico ilegal de répteis exóticos, ameaçando espécies nativas do Brasil.

A Polícia Federal está investigando um grupo que estava utilizando os Correios para realizar o tráfico ilegal de animais, especificamente répteis exóticos. Esses animais representam uma ameaça para as espécies nativas, podendo até mesmo desencadear o surgimento de novas doenças no país.

Nesta terça-feira (28), foram cumpridos dois mandados de busca na cidade de Serrinha, na Bahia, por determinação da 17ª Vara Federal da Seção Judiciária. Os animais apreendidos estão sendo encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos para serem reabilitados e devolvidos à natureza.

De acordo com informações da Polícia Federal, os répteis exóticos comercializados pelo grupo investigado, se soltos, representam uma ameaça às espécies nativas e podem transmitir parasitas nocivos, resultando no surgimento de novas doenças no país.

Um dos destaques entre os animais apreendidos são cobras do gênero píton, originárias da Ásia, que têm potencial para dizimar a fauna local devido à sua longa vida, ausência de predadores no Brasil e capacidade de reprodução autônoma.

A PF ressalta que o tráfico de animais, sejam silvestres ou exóticos, causa graves desequilíbrios ambientais no Brasil, podendo colocar algumas espécies em risco de extinção, especialmente em ecossistemas protegidos.

A investigação teve início com a apreensão de répteis na Agência Central dos Correios em Simões Filho, na Bahia, onde foram identificados objetos postais fraudulentos contendo carga viva. Descobriu-se então uma rede criminosa formada por criadores clandestinos de animais exóticos e silvestres que utilizavam os Correios para realizar as entregas.

Caso seja confirmado, os investigados responderão por tráfico e maus-tratos de animais, introdução de espécie animal no país sem autorização, receptação e falsidade ideológica, crimes que somados podem resultar em até 12 anos de reclusão.

Sair da versão mobile