Joe Biden pede ao Hamas que concorde com nova oferta de Israel para libertação de reféns e cessar-fogo em Gaza.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um apelo nesta sexta-feira (31) aos militantes do Hamas para que aceitem a nova oferta de Israel relacionada à libertação de reféns em troca de um cessar-fogo em Gaza. Biden enfatizou que considera essa a melhor maneira de encerrar o conflito mortal que assola a região.

Durante seu pronunciamento, o presidente norte-americano ressaltou a importância de um cessar-fogo para permitir a distribuição segura e eficaz de ajuda humanitária à população que necessita. Biden, que possui um compromisso vitalício com Israel e já visitou o país em tempos de guerra, afirmou que é crucial não perder o momento atual para alcançar a paz.

A proposta de libertação de reféns apresentada anteriormente previa a soltura de pessoas doentes, idosas e feridas em Gaza, em troca de um cessar-fogo inicial de seis semanas, com possibilidade de extensão para permitir a entrega de mais auxílio humanitário no enclave. No entanto, o acordo proposto desmoronou após Israel recusar-se a concordar com o fim permanente do conflito como parte das negociações e intensificar os ataques na cidade de Rafah, ao sul de Gaza.

Diante da situação, o Hamas comunicou aos mediadores que não participaria de novas negociações enquanto a agressão israelense persistisse, mas se mostrou aberto a um acordo global que incluísse a troca de reféns e prisioneiros, desde que Israel encerrasse as hostilidades. As negociações mediadas por Egito, Catar e outros países têm encontrado dificuldades, com ambos os lados atribuindo a falta de avanços ao outro.

Para intensificar os esforços diplomáticos, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, deve se reunir com diplomatas de 17 países que têm cidadãos mantidos como reféns pelo Hamas em Gaza. Enquanto isso, autoridades israelenses afirmam que não aceitarão uma interrupção dos combates que não esteja ligada a um acordo que inclua o retorno dos reféns ainda em cativeiro.

A situação em Gaza é preocupante, com altos índices de mortalidade e a população enfrentando graves consequências humanitárias. As autoridades de saúde palestinas relatam mais de 36.280 mortos desde o início dos confrontos, em outubro passado, enquanto os registros israelenses apontam cerca de 1.200 vítimas em resposta à ofensiva do Hamas. A pressão internacional se intensifica para que se alcance uma solução pacífica e duradoura para o conflito em Gaza.

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