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Representantes sindicais pressionam governo por reajuste salarial em meio a divisão e críticas na educação pública.

Representantes de três importantes sindicatos ligados à educação superior pública no Brasil se reuniram com representantes do governo federal na tarde desta segunda-feira (3), em Brasília, na tentativa de retomar as negociações por reajuste salarial. O encontro aconteceu após a assinatura de um acordo entre o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), sem o consentimento das demais entidades representativas dos docentes e servidores.

A paralisação, que já dura desde o dia 15 de abril, atinge cerca de 562 unidades de ensino em 26 estados do país. Os grevistas reivindicam, entre outras demandas, um aumento salarial de 4,5% ainda este ano. Enquanto o governo se comprometeu com reajuste zero em 2024, prometeu aumentos que variam de 13,3% a 31% até 2026, com prioridade para as categorias de menor salário.

Após a reunião com o governo, o presidente do Andes-SN, Gustavo Seferian, considerou que houve um bom diálogo, destacando a presença de deputadas que se comprometeram a lutar por um projeto de crédito extraordinário para viabilizar o reajuste ainda em 2024. No entanto, segundo Seferian, o governo não indicou uma data para responder às contrapropostas dos sindicatos e negou uma data de negociação com técnicos administrativos.

Os líderes sindicais, após duas horas de espera e ocupação da sala de reuniões, conseguiram a promessa de uma nova reunião com os professores no dia 14 e uma específica com os servidores técnicos-administrativos no dia 11 de junho. Mesmo com a confirmação das datas, o governo ressaltou que os temas em discussão não serão remuneratórios.

Durante uma entrevista coletiva, representantes do Andes-SN, Sinasefe e Fasubra criticaram a legitimidade do acordo assinado pela Proifes com o governo federal, classificando a entidade como “fantasma”. As críticas se estendem ao descaso do governo em relação às demandas dos trabalhadores da educação e à falta de efetividade nas respostas às reivindicações das categorias.

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