A adrenalina autoinjetável é essencial para pessoas que sofrem de reações alérgicas graves, podendo salvar vidas em casos de choque anafilático. No entanto, a falta de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem gerado obstáculos burocráticos e altos custos para importação do produto, que pode ultrapassar os R$ 2 mil.
Durante a audiência, a farmacêutica Alessandra Leal, mãe de um menino alérgico, compartilhou sua experiência e destacou a importância da inclusão da adrenalina na lista do SUS. Segundo ela, a prevenção é fundamental, visto que a anafilaxia é imprevisível e pode ser desencadeada por diversos fatores, como alimentos, medicamentos e até mesmo o látex de balões.
A médica Fátima Fernandes, da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, ressaltou a gravidade da anafilaxia e a necessidade de um tratamento rápido e eficaz para salvar vidas. Ela citou dados alarmantes sobre o aumento das internações hospitalares devido a reações alérgicas no Brasil.
O professor Renato Rozental, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, enfatizou a viabilidade da incorporação da caneta autoinjetora de adrenalina ao SUS e cobrou uma ação mais efetiva por parte da Anvisa para agilizar o processo de registro do medicamento.
Diante dessas discussões, é fundamental que o poder público e as autoridades competentes se mobilizem para garantir o acesso universal à adrenalina autoinjetável, visando a segurança e qualidade de vida de milhares de pessoas que dependem desse medicamento para evitar reações alérgicas graves.