Comissão aprova inscrição de Maria Leopoldina e princesa Isabel no Livro dos Heróis da Pátria, relatório favorável de Bia Kicis.

Na tarde desta quarta-feira, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade a proposta que inscreve os nomes da imperatriz Maria Leopoldina e da princesa Isabel no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A decisão foi tomada após o parecer favorável da relatora da proposta, deputada Bia Kicis (PL-DF), que destacou a importância histórica das duas figuras para a consolidação da independência e abolição da escravidão no Brasil.

A inclusão de Maria Leopoldina e da princesa Isabel no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria representa um marco na valorização da contribuição das mulheres para a história do país. A relatora ressaltou que a imperatriz e a princesa desempenharam papéis fundamentais em momentos cruciais da construção da nação brasileira, sendo essenciais para a conquista da liberdade e da igualdade.

No entanto, a decisão não foi unânime entre os membros da Comissão. Deputados como Orlando Silva (PCdoB-SP), Chico Alencar (Psol-RJ) e Patrus Ananias (PT-MG) se manifestaram contrários ao projeto, argumentando que outras figuras, muitas vezes esquecidas e marginalizadas, também mereceriam reconhecimento e destaque. Para eles, o sistema que enaltece apenas os “vencedores” da história perpetua a exclusão de importantes personagens anônimos e minoritários.

Por outro lado, a deputada Caroline de Toni (PL-SC) defendeu veementemente a inclusão de Maria Leopoldina e da princesa Isabel no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Segundo ela, as duas mulheres tiveram influências significativas na história do Brasil, contribuindo de forma decisiva para a formação do país que conhecemos atualmente.

Maria Leopoldina, arquiduquesa austríaca e primeira imperatriz do Brasil, foi destacada por seu papel na independência do país ao lado de D. Pedro I. Já a princesa Isabel, filha de D. Pedro II e herdeira do trono, ficou conhecida por assinar a Lei do Ventre Livre em 1871 e a Lei Áurea em 1888, marcos importantes na abolição da escravidão no Brasil.

Com a aprovação na CCJ, a proposta segue para novas etapas de votação e, se confirmada, reforçará o reconhecimento e a memória das mulheres que deixaram sua marca na história do Brasil. A preservação da história e o reconhecimento de figuras importantes são passos essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

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