A denúncia se baseou em reportagens publicadas pelo portal Metrópoles, mas o relator do processo disciplinar, deputado Guilherme Boulos do Psol-SP, recomendou o arquivamento. Ele justificou que o Conselho não pode julgar atos anteriores ao mandato atual do deputado e que a denúncia de “rachadinha” será investigada pela Justiça.
Durante a reunião do Conselho, houve momentos de tensão e troca de acusações entre deputados do governo e da oposição. Janones reclamou que os deputados do PL tentaram intimidar os membros do conselho para votar contra ele. O deputado também acusou um ex-assessor de adulterar um áudio utilizado na reportagem em que foi denunciado.
O deputado Cabo Gilberto Silva, do PL-PB, apresentou um voto em separado pedindo a continuidade da representação contra Janones. Ele argumentou que as denúncias só foram conhecidas em novembro de 2023, ou seja, durante a legislatura atual.
Apesar disso, a maioria dos membros do Conselho decidiu pelo arquivamento da representação. Janones defendeu-se, afirmando ter aberto mão de sigilo bancário e Imposto de Renda, e que seu patrimônio reduziu consideravelmente nos últimos anos. O deputado alegou não existirem provas materiais contra ele.
Com essa decisão, o caso de André Janones na esfera ética da Câmara dos Deputados foi encerrado. No entanto, as investigações sobre a suposta “rachadinha” serão conduzidas pela Justiça.