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Desastre climático atinge 60% dos municípios do Rio Grande do Sul: 298 cidades afetadas por enxurradas, deslizamentos e inundações.

No Rio Grande do Sul, o mês de abril e maio foram marcados por desastres climáticos de grandes proporções, afetando 298 dos 497 municípios gaúchos, o que representa 60% das cidades do estado. Enxurradas, deslizamentos e inundações atingiram diversas áreas, totalizando 15.778 quilômetros quadrados, o equivalente a 5,6% do território gaúcho.

As informações foram divulgadas por um levantamento realizado pelo MapBiomas, uma iniciativa que utiliza imagens de satélite para fornecer análises precisas dos impactos ambientais. O estudo comparou imagens recentes com arquivos de 2022, identificando os municípios mais afetados. Nova Santa Rita e Esteio foram as cidades mais atingidas, com mais de 50% de suas áreas afetadas.

Além disso, o estudo analisou os efeitos dos temporais em áreas urbanizadas, revelando que 5% de toda a área urbana do Rio Grande do Sul foi afetada. Eldorado do Sul foi apontada como a cidade mais prejudicada nesse aspecto, com 66,7% da área urbana atingida. A atividade agropecuária também foi severamente impactada, com 1,012 milhão de hectares afetados.

Os números divulgados pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul são alarmantes: mais de meio milhão de pessoas estão desalojadas, sendo que mais de 30 mil estão em abrigos. O estado ainda contabiliza 41 pessoas desaparecidas e 172 mortes causadas pelos desastres climáticos. A situação do Lago Guaíba, que banha a região metropolitana de Porto Alegre, é monitorada devido ao risco de inundação.

Apesar das previsões do Instituto Nacional de Meteorologia indicarem que a temperatura em Porto Alegre tende a subir nos próximos dias e que os volumes de chuva serão pouco expressivos, a região ainda enfrenta os desafios de reconstrução e assistência às vítimas dos desastres naturais. A população e as autoridades seguem unidas na busca por soluções e na reconstrução das áreas afetadas.

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