Os dados foram divulgados pela Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) com base em informações fornecidas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Ao longo de 15 anos, o volume total de energia furtada acumula mais de 500 TWh, equivalente a 500 milhões de Megawatts-hora.
Entre os estados brasileiros, Alagoas se destaca entre os 10 primeiros colocados no ranking dos maiores volumes de furto de energia em 2023. Apesar de ser a segunda unidade da federação de menor porte, Alagoas registrou um total furtado de 0,44 TWh, representando 17,2% da energia distribuída e não faturada.
A nível nacional, os estados com as maiores porcentagens de furto de energia foram Amazonas (117,8%), Amapá (67,4%), Rio de Janeiro (62%), Pará (33,5%), Rondônia (28,7%), Pernambuco (22,2%), Alagoas, Ceará (15,6%), Bahia (14,2%) e Espírito Santo (14,1%).
O impacto do furto de energia não se limita apenas às distribuidoras, mas também afeta diretamente o bolso dos consumidores. O crime resulta em tarifas mais altas, totalizando um impacto financeiro de R$ 10,1 bilhões apenas com os custos de compra de energia.
Além disso, o volume de energia furtada em 2023 supera a geração da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, que é a segunda maior do Brasil. Enquanto a usina de Belo Monte tem capacidade de gerar 11.233 MW, os furtos equivalem a 4.655 MW médios, representando 60% do fornecimento de energia da usina de Itaipu para o mercado brasileiro.
Diante desse cenário preocupante, medidas urgentes precisam ser tomadas para combater o furto de energia e garantir um sistema energético mais seguro e eficiente para todos os brasileiros.