A situação chegou a um ponto extremo na última sexta-feira, quando a professora foi presa em flagrante, após a denúncia das estudantes em uma audiência diante da juíza. A prisão foi convertida em preventiva após a audiência de custódia realizada neste domingo, pela juíza Ariadne Villela Lopes. A acusada está internada no Hospital Municipal Souza Aguiar e deverá se apresentar à Justiça assim que receber alta.
A mãe de uma das vítimas relatou a dificuldade que sua filha está enfrentando para continuar frequentando a escola após o ocorrido. O trauma causado pela situação de racismo fez com que a criança se sentisse excluída e desconfortável no ambiente escolar. A mãe está buscando transferir a filha para outra instituição de ensino e buscar apoio psicológico para ajudá-la a superar o episódio.
Além das agressões reportadas pelas duas alunas envolvidas no caso, outras crianças também foram vítimas das atitudes discriminatórias da professora. Relatos de ofensas racistas, agressões físicas e intimidação foram registrados, mostrando a gravidade e extensão do comportamento inadequado da educadora.
A Secretaria Municipal de Educação se pronunciou sobre o caso, afirmando que a professora foi afastada de suas funções e que uma sindicância foi aberta para apurar o ocorrido. A pasta reiterou seu compromisso com a igualdade racial e afirmou que a discriminação contra alunos é inadmissível e será punida conforme a gravidade do caso.
O episódio de racismo na Escola Municipal Estados Unidos evidenciou a urgência de combater o preconceito e promover a inclusão no ambiente escolar. Educadores e especialistas ressaltam a importância de responsabilizar os autores de atitudes discriminatórias e criar um ambiente educacional seguro e acolhedor para todos os estudantes. A luta contra o racismo é constante e exige o engajamento de toda a sociedade para promover uma educação mais justa e igualitária para crianças e jovens.