Segundo informações do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), o impacto dessa mudança nas regras tributárias será significativo para o setor de combustíveis, podendo resultar em um aumento de 4% a 7% no preço da gasolina e de 1% a 4% no diesel. O presidente do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia, ressalta que a Ipiranga foi a única até o momento a anunciar a alta nos preços, mas a expectativa é que outras distribuidoras sigam o mesmo caminho nos próximos dias.
Em nota, a Ipiranga afirmou que pratica uma política de preços alinhada com as normas do setor. A Vibra (antiga BR), Raízen (dona da Shell) e Ale, quando procuradas, não responderam até o momento. Representantes de outras distribuidoras estão comunicando verbalmente a possibilidade de reajustes entre terça e quarta-feira.
Ainda não se sabe exatamente qual será a magnitude do aumento por litro, mas estimativas do IBP apontam para elevações de R$ 0,30 no preço da gasolina e de até R$ 0,23 no diesel. Em virtude da mudança nas regras tributárias, as distribuidoras terão que arcar com mais despesas e, consequentemente, repassarão esses custos aos postos, que por sua vez repassarão aos consumidores.
O sindicato de Campinas considera os avisos de reajustes como uma pressão ao governo, uma vez que a medida provisória ainda está em vigor e o aumento nos preços ainda não foi efetivado. A incerteza gerada pela expectativa de aumento nos preços dos combustíveis preocupa os consumidores, que podem enfrentar um impacto imediato no bolso devido a essas mudanças tributárias.