Paulo Pimenta acusado de perseguição e desinformação durante audiência na Comissão de Constituição e Justiça do Congresso.

Na tarde desta terça-feira (11), a Comissão de Constituição e Justiça realizou uma audiência para ouvir o ministro da secretaria criada para apoiar a reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta. O encontro foi marcado por intensos debates e trocas de acusações entre os presentes.

O foco principal da reunião era esclarecer a possível utilização da Polícia Federal para investigar opositores do governo federal. Paulo Pimenta explicou que solicitou a investigação com o intuito de combater a disseminação de notícias falsas. De acordo com o ministro, a divulgação de fake news estava prejudicando as ações de resgate e chegada de doações no estado do Rio Grande do Sul. Ele ressaltou que a investigação foi solicitada como cidadão indignado diante da propagação de mentiras.

No entanto, o deputado Paulo Bilynskyj acusou Pimenta de perseguir a oposição, citando um áudio vazado em que o ministro mencionava a prisão daqueles que espalham fake news. Bilynskyj comparou a postura de Pimenta à atuação da Gestapo no governo nazista, levantando a questão do possível silenciamento de grupos críticos ao governo.

Durante a audiência, também foi questionado o deslocamento de helicóptero realizado por Paulo Pimenta no Rio Grande do Sul, juntamente com sua esposa. O deputado entregou um boleto de R$ 160 mil ao ministro, referente ao valor da viagem, e questionou sua conduta. Pimenta defendeu-se afirmando que agiu dentro de seus direitos e que a escolha da delegação era de sua responsabilidade.

Além disso, o deputado Eduardo Bolsonaro criticou o pedido de investigação feito pelo ministro, alegando estar sendo criminalmente investigado pela Polícia Federal por compartilhar uma notícia da imprensa. Pimenta ressaltou que a avaliação da conduta cabe à polícia e ao Ministério Público.

Por fim, o ministro destacou as ações do governo federal em apoio à reconstrução do Rio Grande do Sul, como a liberação de mais de R$ 474 milhões em ajuda humanitária e a destinação de R$ 15 bilhões para um programa de financiamento e reconstrução. A audiência foi marcada por intensos debates e questionamentos, evidenciando a polarização política presente no cenário atual.

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