Segundo Girão, foram identificadas várias irregularidades nesse processo, incluindo o uso de empresas de fachada, como uma loja de veículos e até uma sorveteria. O senador destacou o caso de um supermercado em Macapá que arrematou seis lotes de arroz no valor de R$ 736 milhões, mesmo tendo um capital social inicial de apenas R$ 80 mil, que posteriormente foi aumentado para R$ 5 milhões.
O parlamentar ressaltou que a produção de arroz no Rio Grande do Sul não foi completamente afetada pelas enchentes, uma vez que 80% da safra já estava colhida e armazenada. Ele criticou o que chamou de oportunismo eleitoral e corrupção, enfatizando que o governo poderia ter optado por subsidiar o arroz nacional em vez de importar grandes quantidades sem garantias de qualidade.
Girão também fez referência a escândalos passados envolvendo o Partido dos Trabalhadores (PT), como o Mensalão e a Operação Lava Jato, sugerindo que as irregularidades atuais no leilão do arroz poderiam ser parte de um novo esquema de desvio de recursos. Ele pediu uma investigação rigorosa por parte do Congresso para apurar essas denúncias e punir os responsáveis, alegando que a transparência e a integridade nos processos de compra governamentais são fundamentais para o combate à corrupção no país.