O episódio que levou à acusação ocorreu em 8 de novembro durante uma reunião que discutia a situação do povo palestino em Gaza. O deputado Brunini se manteve em frente à mesa e exigiu a retirada de cartazes com manchas vermelhas alusivas a Israel, simbolizando sangue. Nesse momento, Glauber Braga teria empurrado e puxado o colega. No entanto, Glauber alegou que o empurrão foi fruto de uma discussão acalorada e generalizada, não configurando uma tentativa de agressão, mas sim uma forma de permitir a continuação da reunião.
O relator da matéria, deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), recomendou ao presidente da Câmara, Arthur Lira, uma censura verbal a Glauber, considerando que o empurrão não caracterizava uma agressão física. Ele baseou sua decisão em casos anteriores julgados pelo Conselho de Ética, nos quais representações semelhantes foram arquivadas com a aplicação da penalidade de censura verbal.
Além disso, o Conselho de Ética também está lidando com a representação contra o deputado Chiquinho Brazão (S.PART.-RJ). A relatora Jack Rocha (PT-ES) solicitou um prazo prolongado para apresentar seu plano de trabalho, que será concluído na próxima semana. Chiquinho Brazão, que está preso sob a acusação de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), teve o processo instaurado em maio e apresentou sua defesa em junho.
Essa decisão do Conselho de Ética e os desdobramentos das representações contra deputados demonstram a complexidade dos processos de apuração no ambiente político brasileiro, refletindo a importância da transparência e do cumprimento das normas de decoro parlamentar.