O cancelamento do leilão anterior também gerou polêmica devido a um possível conflito de interesses. O secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, pediu demissão após suspeitas de favorecimento, já que o diretor de Abastecimento da Conab, Thiago dos Santos, responsável pelo leilão, teria sido indicado diretamente pelo ex-secretário. Além disso, a principal corretora do leilão pertence a Robson Almeida de França, ex-assessor parlamentar de Geller na Câmara.
O presidente Lula apoiou a decisão de anular o leilão anterior e buscar um novo processo mais transparente, com a participação da Controladoria-Geral da União, Advocacia-Geral da União e Receita Federal. O objetivo dessa importação de arroz é assegurar o abastecimento e estabilizar os preços no mercado interno, que tiveram um aumento médio de 14%, atingindo até 100% em algumas regiões do país devido às inundações no Rio Grande do Sul, principal produtor de arroz do Brasil.
Com a realização do novo leilão, o governo busca garantir que as empresas participantes sejam devidamente analisadas para evitar problemas financeiros no futuro. O ministro Paulo Teixeira ressaltou a importância de aperfeiçoar as regras do leilão para garantir um processo mais transparente e justo para todos os envolvidos. A expectativa é que o novo edital seja lançado em breve, com medidas adicionais para assegurar a lisura do processo e a efetivação dos contratos de importação de arroz.