Os resultados foram obtidos a partir de dois relatórios paralelos da Comissão de Inquérito da ONU, um focado nos ataques ocorridos em 7 de outubro e outro na resposta de Israel. Vale ressaltar que Israel não colaborou com a comissão, criticando as conclusões e alegando um viés anti-Israel. Por outro lado, o Hamas não se pronunciou imediatamente sobre o assunto.
O inquérito apontou que a guerra teve início com militantes liderados pelo Hamas causando baixas em Israel, o que resultou em uma retaliação militar que provocou a morte de milhares de palestinos, deslocamentos em massa e destruição de moradias e infraestrutura em Gaza.
Negociadores de diversos países têm buscado um cessar-fogo e a libertação de reféns para conter o conflito. O Hamas respondeu de forma positiva a uma proposta de cessar-fogo dos Estados Unidos, mas, segundo uma autoridade israelense, a resposta modificou os principais parâmetros do acordo, dificultando uma resolução pacífica.
A situação se torna ainda mais delicada com o aumento das hostilidades entre Líbano e Israel. O grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã, disparou foguetes em retaliação a um ataque israelense que resultou na morte de um comandante. Como contramedida, Israel realizou ataques aéreos, elevando o temor de um confronto mais amplo.
As conclusões da ONU apontaram que ambos os lados cometeram crimes de guerra, incluindo tortura e tratamento desumano. Além disso, Israel foi acusado de utilizar a fome como método de guerra, negligenciando o fornecimento de suprimentos essenciais à população de Gaza.
Tais relatórios podem embasar futuras investigações de crimes de guerra, inclusive no Tribunal Penal Internacional, que recentemente recebeu solicitações de mandados de prisão contra líderes de Israel e do Hamas. A situação segue tensa e requer urgentemente medidas para uma solução pacífica e duradoura.