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Projeto de Lei garante prioridade na emissão de documentos para vítimas de violência doméstica, com punição para agressores.

Na tarde desta terça-feira (13/06), a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade um projeto de lei que visa garantir prioridade na emissão de novos documentos pessoais para vítimas de violência doméstica. A proposta também prevê a mesma prioridade para a documentação dos filhos dessas vítimas, com o intuito de agilizar o processo de restabelecimento da identidade e dos direitos das mulheres agredidas.

Segundo a relatora do projeto, deputada Silvye Alves (União-GO), a medida é necessária para proteger as vítimas e garantir sua integridade e segurança. O texto aprovado pela Comissão torna crime a destruição, retenção ou subtração dos documentos pessoais das vítimas ou de seus dependentes, com pena de reclusão de 6 meses a 2 anos, além de multa.

A deputada ressaltou a importância de criminalizar essas condutas, destacando que a lei Maria da Penha já considera a violência patrimonial como qualquer conduta que prejudique o patrimônio e os documentos da vítima. Nesse sentido, a relatora defende que os agressores sejam penalizados para que não haja dúvidas sobre a gravidade desse tipo de conduta.

O projeto aprovado é um substitutivo ao Projeto de Lei 5880/23, apresentado pelo deputado Duda Ramos (MDB-RR), e propõe alterações na Lei Maria da Penha e no Código Penal. Agora, a proposta seguirá para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, onde será avaliada em caráter conclusivo.

Essa iniciativa visa proteger as mulheres vítimas de violência doméstica, garantindo que tenham acesso rápido e seguro à emissão de seus documentos pessoais. A expectativa é de que a proposta contribua para o combate à violência contra as mulheres no país, garantindo que as vítimas tenham seus direitos preservados e sejam amparadas pela legislação. A sociedade civil organizada e organismos de defesa dos direitos das mulheres têm acompanhado de perto o avanço desse projeto no Congresso Nacional e aguardam com expectativa a sua implementação.

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