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Comissão aprova punições para discriminação contra pessoas com TEA; texto segue para análise da CCJ em caráter conclusivo.

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência fez história ao aprovar uma proposta que visa garantir direitos e punir atos discriminatórios contra pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O texto, que foi aprovado por unanimidade, estabelece medidas como advertência, multa e até suspensão de licitações públicas para aqueles que praticarem, induzirem ou incentivarem a discriminação contra essa parcela da população.

Segundo o texto aprovado, a discriminação contra pessoas com TEA pode se manifestar de diversas formas, tais como recusas, exclusões e comentários pejorativos. Esses atos discriminatórios, tanto presenciais quanto nas redes sociais, serão passíveis de punição de acordo com a proposta aprovada.

As medidas punitivas incluem advertência por escrito, encaminhamento do infrator para palestras educativas sobre TEA, multa de 1 salário mínimo para pessoas físicas, multa de 5 salários mínimos para empresas e até a suspensão de participação em licitações públicas. Além disso, agentes públicos que praticarem atos discriminatórios no exercício de suas funções também serão responsabilizados de acordo com o texto.

Uma importante emenda foi aprovada pela comissão, estabelecendo que em casos de reincidência, as multas serão aplicadas em dobro. Essa medida visa tornar a aplicação da sanção administrativa mais justa e eficaz, além de desencorajar a prática reincidente de atos discriminatórios.

O relator, deputado Geraldo Resende (PSDB-MS), optou por incluir as mudanças na Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA, aperfeiçoando a proposta original do deputado José Nelto (PP-GO). O próximo passo será a análise pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) em caráter conclusivo.

Essa aprovação representa um avanço significativo na garantia dos direitos das pessoas com TEA e na luta contra a discriminação. A sociedade civil e as organizações de defesa dos direitos das pessoas com deficiência celebram essa conquista como um passo importante rumo à inclusão e respeito pela diversidade.

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