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Comissão da Câmara dos Deputados aprova inclusão da Síndrome de Duchenne no Estatuto da Pessoa com Deficiência em medida histórica.

Na manhã desta segunda-feira, 17 de junho de 2024, a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1063/24, que tem como objetivo classificar a Síndrome de Duchenne como uma deficiência, incorporando-a ao Estatuto da Pessoa com Deficiência. A proposta visa garantir que os indivíduos afetados pela doença tenham acesso a todos os benefícios legais previstos, incluindo atendimento prioritário e multidisciplinar em unidades de saúde.

A autoria do texto é da deputada Rosangela Moro, representante do partido União-SP. Em sua justificativa, a parlamentar ressaltou que a medida busca melhorar a qualidade de vida das pessoas que convivem com a Distrofia Muscular de Duchenne, uma condição neuromuscular genética e irreversível que se caracteriza pela perda progressiva da massa muscular, principalmente da musculatura esquelética.

O relator do projeto, o deputado Daniel Agrobom, do PL-GO, recomendou a aprovação da proposta por considerar que a classificação da Síndrome de Duchenne como deficiência proporcionará aos pacientes o acesso a uma série de direitos e benefícios legais, contribuindo para sua inclusão social e melhoria da qualidade de vida. Agrobom ainda salientou a importância de alinhar a legislação nacional com a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

De acordo com o relator, a progressão da doença impõe desafios consideráveis, afetando a mobilidade e a capacidade de trabalho dos indivíduos afetados. A síndrome de Duchenne é mais comum em pessoas do sexo masculino e estima-se que no Brasil ocorram cerca de 700 novos casos por ano.

O próximo passo para o PL 1063/24 é sua análise pelas comissões de Saúde, Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Posteriormente, o projeto necessitará ser aprovado pelo Senado para se tornar lei. O relatório foi produzido pela jornalista Noéli Nobre, com edição de Natalia Doederlein.

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