Projeto de lei aprovado pela Comissão reduz impostos para empresas de tecnologias assistivas para pessoas com deficiência

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência aprovou um projeto de lei que visa reduzir os impostos cobrados de empresas que desenvolvem tecnologias assistivas para pessoas com deficiência. Essa medida engloba equipamentos, aplicativos e jogos educativos que têm como objetivo promover a autonomia e habilidades sociais e de comunicação desses cidadãos.

O texto aprovado foi o substitutivo do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral, que defendeu veementemente a proposta apresentada pela deputada Andreia Siqueira. O projeto originalmente propunha benefícios apenas para tecnologias assistivas destinadas a pessoas com transtorno do espectro autista, porém, o relator considerou essencial ampliar o escopo da legislação, beneficiando também outras tecnologias assistivas em geral.

Dentre os incentivos previstos no projeto estão a dedução dos valores investidos em pesquisa e desenvolvimento da base de cálculo da Contribuição Sobre o Lucro Líquido (CSLL), a depreciação integral de máquinas e equipamentos destinados à pesquisa e desenvolvimento, e a redução da alíquota de impostos em pagamentos no exterior relacionados às novas tecnologias.

É importante ressaltar que o uso indevido dos benefícios fiscais acarretará na perda dos incentivos ainda não utilizados e na obrigação de recolher o valor integral dos tributos pendentes. Além disso, o governo federal deverá incluir no projeto de lei orçamentária a previsão da renúncia fiscal decorrente dos benefícios concedidos.

O próximo passo é a análise do projeto pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania, para então ser encaminhado para o Senado. A proposta, que tramita em caráter conclusivo, visa proporcionar melhorias significativas para as pessoas com deficiência e incentivar o desenvolvimento de tecnologias assistivas no país.

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