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Centrais sindicais protestam na Avenida Paulista pedindo queda da taxa de juros, enquanto Copom inicia reunião para definir novos rumos econômicos.

Na tarde de terça-feira (18), as centrais sindicais realizaram um ato na Avenida Paulista, em São Paulo, pedindo a redução da taxa básica de juros, a Selic. Com bandeiras e carros de som, os manifestantes se reuniram em frente ao prédio do Banco Central para expressar sua insatisfação com a política monetária do país. O presidente do BC, Campos Neto, também foi alvo de críticas durante o protesto.

Este evento ocorre no mesmo dia em que tem início a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para deliberar sobre a taxa de juros. Na última reunião, realizada em maio, o Copom reduziu a Selic pela sétima vez consecutiva, estabelecendo-a em 10,5% ao ano. No entanto, a velocidade do corte diminuiu, passando de 0,5 para 0,25 ponto percentual.

Apesar das sucessivas reduções, os sindicalistas alegam que a taxa de juros ainda está muito elevada no Brasil. Neiva Ribeiro dos Santos, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, critica a alta taxa de juros por transferir recursos que poderiam ser investidos no bem-estar da população para especuladores financeiros.

Neiva destaca que cada ponto percentual de juros representa bilhões na dívida pública, dinheiro que poderia ser direcionado para áreas como saúde, educação e infraestrutura. Ela ressalta que as altas taxas de juros também impactam no endividamento das famílias brasileiras.

A ata da última reunião do Copom não sinalizava novos cortes na taxa de juros, já que os membros do colegiado expressaram preocupação com as expectativas de inflação acima da meta. A meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para este ano é de 3%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Neste contexto, os participantes da pesquisa semanal realizada pelo Banco Central, presente no Boletim Focus, demonstraram expectativa de manutenção da taxa de juros no patamar atual. É aguardado, portanto, que o Copom mantenha a Selic em 10,5% ao ano, visando controlar a inflação e garantir a estabilidade econômica do país.

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