O deputado Luiz Couto (PT-PB), autor do pedido para a realização do debate, ressaltou que a data tem o objetivo de desafiar estigmas e preconceitos, enfatizando que o autismo é parte da diversidade humana. Para ele, é fundamental reconhecer as perspectivas e habilidades únicas das pessoas autistas, que contribuem de forma significativa para a comunidade em diversas áreas, como arte, ciência e profissões diversas.
Durante o encontro, a diretora do Grupo Mais Inclusão, Viviani Guimarães, salientou a importância de focar nas potencialidades das pessoas que vivem com autismo, em vez de apenas destacar suas limitações. Ela defendeu a elaboração de planos educacionais individualizados para reconhecer e potencializar as habilidades de cada aluno com deficiência, tornando a aprendizagem mais eficaz e significativa.
Já o diretor-presidente do Movimento Orgulho Autista Brasil, Edilson Barbosa, enfatizou a necessidade de um diagnóstico precoce e um tratamento adequado para pacientes com autismo. Barbosa destacou que, apesar de uma lei de 2012 prever esse direito, o acesso aos serviços ainda não é efetivo, mencionando a grande demanda por atendimentos em neurologia, como no caso de 12 mil crianças na fila de espera no Distrito Federal.
O debate evidenciou a importância de promover a inclusão e o reconhecimento das habilidades e potencialidades das pessoas autistas, além de ressaltar a necessidade de políticas eficazes para garantir o diagnóstico precoce e o tratamento adequado da condição. O evento foi marcado por reflexões e propostas para a melhoria da qualidade de vida e da inclusão desses indivíduos na sociedade.
Por Maria Neves, com edição de Geórgia Moraes.