Representantes de bares e restaurantes pedem redução de alíquota em projeto de reforma tributária para o setor em audiência pública

Na tarde desta terça-feira, um grupo de trabalho dedicado à análise da regulamentação da reforma tributária se reuniu para discutir propostas e sugestões de diversos setores, visando a adequação da alíquota dos novos tributos sobre o consumo. Durante a audiência pública, representantes de bares e restaurantes defenderam veementemente a redução de 60% da alíquota, alegando a necessidade de garantir a competitividade do setor diante das mudanças propostas no Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/24.

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Paulo Solmucci Júnior, destacou que o projeto em análise prevê a definição da alíquota em um prazo de 180 dias após a aprovação da legislação. Ele solicitou a diminuição da alíquota em 60% e a possibilidade de geração de créditos tributários para outras empresas, enfatizando a importância de se manter a competitividade do setor. Por outro lado, a representante da Confederação Nacional do Turismo, Marina Queiroz, ressaltou a importância de garantir que os tributos incidam apenas sobre os serviços de bares e restaurantes, após a dedução de valores repassados a plataformas de entrega e administradoras de cartões.

Além disso, Fabiano Camargo, da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo, destacou a necessidade de estabelecer alíquotas que permitam a competição com empresas estrangeiras, a fim de evitar a remessa de recursos para o exterior e a perda de competitividade do setor. A preocupação também se estendeu ao setor de transporte intermunicipal e interestadual, que questionou a equiparação com o setor de turismo em geral e a dificuldade de estabelecer uma alíquota nacional que mantenha a carga tributária equilibrada.

Por fim, o debate sobre a possibilidade de criação de um sistema de tax free para turistas estrangeiros também foi abordado, visando estimular o consumo interno e atrair visitantes estrangeiros ao país. O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) expressou concordância com a medida, desde que se restrinja a devolução de impostos aos produtos que não forem consumidos no Brasil, a fim de garantir a arrecadação fiscal do país.

O encontro foi marcado por diversas propostas e debates enriquecedores, evidenciando a relevância e complexidade da reforma tributária em discussão no âmbito legislativo. A expectativa é de que as contribuições dos representantes de diferentes setores possam subsidiar a elaboração de uma legislação justa e equilibrada, que atenda às demandas e necessidades tanto dos empresários quanto dos consumidores. A análise e a votação do PLP 68/24 seguem em curso, sob a responsabilidade dos parlamentares envolvidos na comissão.

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