As assembleias que aprovaram a paralisação por tempo indeterminado ocorreram em nove estados, enquanto em outras oito unidades da Federação a greve foi aprovada para iniciar em 1º de julho. Apenas o Ceará rejeitou a paralisação, enquanto os demais estados devem realizar assembleias nos próximos dias.
As atividades de fiscalização, licenciamento e outras operações de campo já estavam suspensas desde janeiro, mas a greve nacional deve estender a paralisação para todas as áreas, incluindo os serviços administrativos. A categoria reivindica uma reestruturação de carreira, sem impacto orçamentário em 2024, e critica a falta de resposta concreta do governo em relação às suas demandas.
De acordo com Cleberson Zavaski, presidente da Ascema Nacional, a paralisação dos servidores do Ibama reduziu em 80% as operações de fiscalização na Amazônia, prejudicando também a importação de veículos e o andamento das obras do PAC que dependem de licenciamento ambiental. Além disso, a falta de normalização das operações de combate ao fogo pode resultar em aumento dos incêndios florestais, devido à mobilização dos servidores ambientais.
O Ministério da Gestão informou que aguarda resposta formal à última proposta feita pelo governo, que prevê reajustes de 19% a 30% para a categoria. Enquanto a greve dos servidores ambientais continua impactando diversas áreas, o diálogo entre representantes da categoria e o governo federal busca encontrar uma solução para a situação.
