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Conselho de Ética arquiva representação contra deputada que criticou filhos de Bolsonaro em reunião parlamentar

Na tarde de hoje, 19 de junho de 2024, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados reuniu-se para analisar uma representação feita pelo PL contra a deputada Fernanda Melchionna, do Psol-RS. A acusação era de que a parlamentar teria ofendido o deputado Eduardo Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro durante uma reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, ocorrida em dezembro do ano anterior.

Após uma votação que terminou em 14 votos contra 4, o conselho decidiu arquivar a representação contra Melchionna. O relator da representação, deputado Julio Arcoverde, do PP-PI, argumentou que as declarações da deputada não feriram o decoro parlamentar, uma vez que se deram no contexto de um debate político.

Durante a reunião, a deputada Melchionna explicou que as discussões acaloradas ocorreram durante a análise do Projeto de Lei 3283/21, que propunha classificar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) como uma organização terrorista. A parlamentar defendeu sua postura, afirmando que buscava um debate sério sobre as políticas de segurança pública no Brasil.

No entanto, o deputado Coronel Meira, do PL-PE, lamentou a decisão do conselho e afirmou ter sido chamado de “bandido” pela deputada. Melchionna se defendeu, negando ter proferido tal ofensa contra Meira e reafirmando suas críticas aos filhos de Bolsonaro.

Ao final da reunião, o clima de tensão entre os parlamentares ainda persistia, com a necessidade de um pedido de desculpas por parte da deputada sendo cobrada por alguns membros do conselho. No entanto, a decisão de arquivar a representação contra Fernanda Melchionna foi mantida.

Essa polêmica situação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar demonstra as divergências políticas e ideológicas que permeiam o ambiente parlamentar no Brasil, evidenciando a importância do debate civilizado e do respeito mútuo entre os representantes do povo. A democracia e a liberdade de expressão são princípios fundamentais que devem ser preservados e respeitados em qualquer ambiente político.

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