Foragidos do Brasil por atos golpistas são listados pela Argentina e aguardam possível extradição para o país, conforme solicitação do STF.

O Ministério das Relações Exteriores recebeu do governo argentino uma lista com nomes de brasileiros que estão foragidos no país vizinho, acusados de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. O documento foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última terça-feira (18) após solicitação feita pela Suprema Corte. Os trâmites para uma eventual extradição desses indivíduos para o Brasil dependem de um pedido formal do Judiciário e são de responsabilidade do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O Ministério das Relações Exteriores atua de forma auxiliar na cooperação jurídica internacional, facilitando a tramitação de documentos importantes nesses casos.

No início deste mês, a Polícia Federal realizou uma operação para cumprir mandados de prisão de centenas de investigados envolvidos na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Alguns desses indivíduos estavam foragidos ou descumpriram medidas cautelares determinadas pelo STF, incluindo aqueles que fugiram para países como Argentina e Uruguai. Condenados a penas superiores a dez anos de prisão, esses criminosos recorrem em liberdade das condenações, o que tem gerado um desafio para as autoridades brasileiras.

Até o momento, pelo menos 50 pessoas foram presas como resultado da operação da Polícia Federal, que segue trabalhando na localização e captura de outros 159 condenados ou investigados considerados foragidos. A Operação Lesa Pátria, iniciada no ano passado, já teve 28 fases e continua em andamento, apurando os responsáveis e executores dos ataques. Os crimes em questão incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa, entre outros.

A Polícia Federal informou que as investigações estão em curso e a Operação Lesa Pátria é permanente, com atualizações periódicas sobre o número de mandados cumpridos e pessoas capturadas. A cooperação internacional e o trabalho conjunto entre as autoridades brasileiras e argentinas são fundamentais para garantir a justiça e punição dos envolvidos nos atos golpistas de 2023.

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