Mercado financeiro reage com cautela após manutenção da Selic; dólar atinge maior valor durante governo Lula e bolsa fecha estável

O mercado financeiro não teve uma reação positiva após o anúncio do fim dos cortes da Taxa Selic, os juros básicos da economia. O dólar norte-americano registrou sua quinta alta consecutiva, atingindo o maior valor durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Enquanto isso, a bolsa de valores teve um início de dia promissor, mas acabou fechando praticamente estável, mostrando a insegurança dos investidores.

A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 5,462, com uma alta de 0,38%. O valor começou em queda, atingindo R$ 5,39 por volta das 9h30, mas posteriormente reverteu o movimento. A declaração do presidente Lula, lamentando a decisão do Banco Central de manter a Selic em 10,5% ao ano, também contribuiu para a pressão sobre o dólar.

Este aumento fez com que o dólar atingisse o patamar mais alto desde 22 de julho de 2022, quando fechou em R$ 5,49. Em junho, a moeda acumula uma alta de 4,06% e no ano, já subiu 12,55%. Por sua vez, na bolsa de valores, o índice Ibovespa fechou em 120.446 pontos, com uma alta de 0,15%, refletindo a volatilidade do mercado.

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de encerrar os cortes na Taxa Selic, mantendo os juros básicos em 10,5% ao ano, gerou incertezas. As declarações de Lula trouxeram ainda mais instabilidade ao mercado, levantando questões sobre a autonomia do Banco Central e possíveis interferências políticas no órgão.

Além dos fatores domésticos, a alta do dólar também foi influenciada pelo aumento das taxas dos títulos do Tesouro norte-americano, após um feriado nos Estados Unidos. Com isso, investidores de países emergentes, como o Brasil, podem migrar seus capitais para economias mais seguras em busca de juros mais altos.

Diante desse cenário, a situação econômica do país permanece incerta, refletindo na oscilação do mercado financeiro e na desconfiança dos investidores.

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