Os títulos emitidos pagarão uma taxa de retorno de 6,375% ao ano, indicando que o governo brasileiro pagará os US$ 2 bilhões captados na Bolsa de Nova York com uma correção de 6,375% ao ano no vencimento dos papéis. Na primeira emissão realizada em novembro do ano passado, os investidores demandaram taxas de 6,5% ao ano, o que evidencia uma melhora nas condições para o Brasil.
O spread, que é a diferença entre a taxa dos títulos brasileiros e os títulos do Tesouro norte-americano, manteve-se em 212,8 pontos-base, equivalente a 2,128 pontos percentuais acima dos papéis dos Estados Unidos. Tanto a taxa de juros como o spread funcionam como indicadores da confiança dos investidores no país, e apesar do aumento em relação à primeira emissão, ainda reflete um interesse sólido nos papéis brasileiros.
A demanda pelos títulos superou a oferta, totalizando US$ 4,7 bilhões em pedidos. A participação de investidores estrangeiros foi expressiva, com 77% dos compradores provenientes da Europa e da América do Norte. A América Latina, incluindo o Brasil, respondeu por 14% das compras, demonstrando a atratividade dos títulos brasileiros no mercado internacional.
Esses títulos verdes lançados no exterior são uma forma de investimento sustentável, vinculados a compromissos com o meio ambiente. Os recursos levantados com a segunda emissão financiarão principalmente projetos de saneamento e economia circular, alinhados com o Plano de Transformação Ecológica anunciado pelo Brasil na COP28. Parte dos recursos dessas emissões irá para o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, reforçando o compromisso do país com a sustentabilidade e o meio ambiente.